Somos escravos,
Escravos da não solidão!
Queria eu ser só, sem vazio,
Mas somos escravos.
Engano-me.
Preenchendo meu vazio com o nada,
Pois tudo e nada é o mesmo,
Sem você...
Mas a presença do que me falta
Sempre me foi ausente,
Pois do que já não é
Não ficou nem mesmo a falta...
Não quero nada que não esteja aqui
E essa maldita falta a me impingir,
Falta do que, não sei,
Falta de você...
Falta-me, sim...
Sempre essa falta...
Déspota falta
Da não solidão.
L.L.J.